sábado, 9 de maio de 2009

Mama Mia, Here I go Again

O comum no dia de hoje é fazer aquele post mega power para a mamacita de cada um. O comum hoje é falar como nós a amamos e a queremos bem, e agradecer por ser tão sincera e maravilhosa, eu podia fazer o comum hoje, eu podia fazer um monte de coisa, mas não vou, porque a minha progenitora já sabe disso, e eu já disse isso para ela olhando bem no fundo dos olhos dela, então voltemos à nossa programação Anormal, ok?
Há mais de 11 anos atrás eu fiquei grávida, não foi um algo fácil sabe? Eu estava com 21 anos, tinha o mundo inteiro aos meus pés me dizendo: "Corra, Lola, Corra!", e eu engravidei. Confesso ter ficado muito confusa a princípio, eu, na época, não queria ser mãe, e quando pensava nisto, dizia sempre que preferia viver o resto da vida sem filhos. Mas o fato é que eu engravidei. Inegável com aquele POSITIVO escrito em letras garrafais no papel.
Aí o resto se seguiu como um turbilhão, eu casei na igreja, de acordo com a vonta da família uber católica de meu ex marido. Fui morar em um apartamento montado em grande parte pelas nossas famílias, fiz o favor de manchar TODAS as meias e cuecas brancas dele de rosa na primeira lavagem de roupa da "família", só para vocês terem uma leve noção de como eu estava preparada para o casamento, deixei o ex marido por meses sem jantar até aprender a fazer fatias paridas, e depois ele comia fatias paridas dia sim, dia não.....foi muita história.

E no meio de toda essa confusão quase épica, eu comecei a engordar, ouvi um coraçãozinho à galope bater, descobri que era menina, comprei o primeiro vestidinho, pintei o quarto de amarelo com oito meses de gravidez, andei parecendo uma pata, dei adeus à minha cintura, disse oi à algumas estrias, usei roupas que me faziam parecer com um botijão de água coberto, comecei a só usar sandálias baixas e dei 20 dos meus vários pares de salto.
Aí um dia, dormindo, senti uma dor, aí veio outra mais forte e senti que eu tinha "simijado" toda, e me dei conta que a minha bolsa tinha estourado. Acordei o ex marido (que na época não era ex), saímos correndo (de taxi tá gente, pq eu não tinha condições nenhumas de praticar cooper naquelas condições) para o consultório do obstetra, ele auscutou, disse que ela estava entrando em sofrimento porque já era tão serelepe que deu um jeito de enroscar o cordão umbilical duas vezes em volta do pescoço e tava se enforcando sem querer com ele (ou então ela já era tão vaidosa que estava procurando um colar lá dentro da barriga mesmo), aí peguei outro taxi voando e chorando com medo que ela morresse no meio do caminho. E olha que eu nem tinha visto a cara dela ainda, e já estava nessa preocupação.

Cheguei no hospital já com a cesariana marcada, subi, foi só o tempo de me rasparem (sensação nada agradável pela rapidez e pela cara da enfermeira), passarem iodo pela minha barriga INTEIRA, entrar na ala de cirurgia e de repente....não mais do que de repente....ouvir aquele chorinho e vê-la ali, do lado do meu ombro, com mil médicos já vendo se ela queria mamar naquele exato momento. Eu chorei, chorei, chorei tanto, com tudo, com a agonia, com a pressa, e finalmente com o fato de que ela estava viva que eu entendi....entendi que a vida tinha sentido, e que daquele dia por diante, 80% do sentido da vida seria aquele serzinho que estava chorando.

Hoje ela ri, chora e faz macacada. Ela questiona. Ela diz que me ama, e me pergunta o que eu quero de presente no dia das mães. Há 10 anos eu digo para ela que o meu presente é ela, mas ela ainda não entende como isto pode ser uma realidade.

Então hoje, eu não quero desejar Feliz dia das Mães, nem para minha mãe, nem para minhas amigas que são mães, porque nossos dias são felizes sempre, mesmo com alguns sustos e dores de cabeça.

Hoje eu quero agradecer à minha filha. Obrigada pequena, por ME fazer mãe.
Beijos e Lambidas só para você no dia de hoje.

8 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. ai, que eu tô mulherzinha e num posso com isso.
    me enchi das lágrima aqui, ameeega.

    brigada Mini, que sua mãe é um xuxu.

    again! :)

    ResponderExcluir
  3. Ai amiga, que lindo. Fiquei emocionada. Beijos. Muleka®.

    ResponderExcluir
  4. :¨) Ai ai ai... eu não quero parecer repetitiva meninas, eu também me emocionei. Puxa, que relato lindo!!!
    PARABÉNS SIM PELO DIA DE HOJE, DE ONTEM, DE AMANHÃ E SEMPRE!!!

    ResponderExcluir
  5. Tá bom, eu digo : eu não me emocionei HUAHUAHA
    Só pra ser A do contra! :P

    Minha mãe foi mãe aos 16...Ela fala que a melhor coisa na vida dela fui eu e que se eu não tivesse nascido naquela época, hoje ela podia estar perdida, eu que dei um pouco de juízo pra ela :)
    Todo ano eu falo "mãe, seu melhor presente sou eu!" hauahuaha e ela "é, tbm...mas ainda quero um colar de ouro!"

    vai entender!Bjão

    ResponderExcluir
  6. Eu pretendo ter uma mini em no máximo 3 anos!
    Do jeito que sou desesperada, se acontecer antes vou surtar hahaha

    ResponderExcluir
  7. Lindo, lindo, lindo!
    E so me fez ter mais saudade da minha mae que eu deixei no Brasil...!

    Beijocas e feliz dia das maes atrasado! ;)

    ResponderExcluir